O que é Coaching?

Muitas pessoas confundem o Coaching com terapia, autoajuda, aconselhamento, mentoring ou treinamento. Já me perguntaram até se o Coach é um psicólogo para executivos. Estas noções estão equivocadas, mas isso é compreensível porque embora a profissão de Coach seja a que mais cresce no mundo ela ainda é relativamente nova no Brasil.

O Coaching não é uma ideologia, ele é uma metodologia holística e pragmática, um processo com início meio e fim. Ele não é restrito a executivos, profissionais liberais ou empresários; aplica-se a toda e qualquer pessoa que busca conhecer mais a si própria e conquistar uma vida mais plena, feliz e realizada.

O Coaching libera o potencial humano para maximizar seu desempenho.

O profissional Coach - regido por rigorosos princípios éticos e morais - apoia o indivíduo a definir com clareza as suas metas e desenvolver competências para alcançá-las. Ele assessora o Cliente na obtenção de resultados em larga escala na sua vida pessoal, carreira profissional ou negócio, de quaisquer áreas de atuação. Durante este processo o Cliente amplia seu nível de consciência, autoconhecimento e responsabilidade pelos resultados da própria vida.

Considere estas perguntas:

O que eu quero da vida? Quais são as minhas perspectivas? Quais são os meus sonhos?

Eu tenho tudo o que quero? Eu tenho tudo o que mereço? O que é possível para mim?

O que é importante para mim? Quais são os meus valores pessoais? Eu os conheço e vivencio?

O que eu acredito sobre mim? O que eu acredito sobre a vida?

Agora imagine uma maneira de explorar estas perguntas com a assessoria de alguém preparado e habilitado para lhe auxiliar a concretizar seus sonhos mais importantes, e transformar-se na pessoa que você sempre desejou ser.

Isso é Coaching.



Referências:

Villela da Matta & Flora Victoria – Sociedade Brasileira de Coaching

Andrea Lages & Joseph O’Connor – Comunidade Internacional de Coaching e Lambent do Brasil

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Monstro de Estimação


Lembro-me da história de um sujeito que corria desesperadamente de um monstro horrível. Mesmo indo ao limite da força de suas pernas ele não se livrava de sentir a respiração quente
daquele ser horrível em suas costas. A cada vez que olhava para trás o monstro estava mais perto, e maior, e maior. Aquilo lhe causava arrepios enormes. Num dado momento, já sem forças, com os pulmões prestes a explodir, ele resolveu parar de correr e se entregar às garras afiadas do monstro. Era a morte, a morte certa e dolorosa.
Apavorado, ele viu o monstro diminuir os passos e chegar bem perto de seu rosto suado e ofegante. Os olhos avermelhados da besta o fitavam profundamente, sua boca com dentes afiados exalavam odor pútrido e vertiam uma baba nojenta, que pingava em seus pés trêmulos.
Ficaram ali, por incontáveis minutos, trocando olhares de agonia, de um, e gelados, de outro. Angustiado, e certo de seu fim, ele disse:
- Vamos, acabe com isso.
E o monstro, ainda olhando-o nos olhos, disse:
- Acabar com o quê?
- Comigo, não é isso o que você quer?
- Eu? Não.
- Então, porque me persegue?
- Porque você me criou e me alimenta. Assim eu fico mais forte e maior.
- Eu o criei? Quem é você, e afinal, o que quer de mim?
- Sou a soma de seus medos, e só quero os seus sonhos. Você, eu quero preservar.
Todos nós temos um monstro de estimação. O meu é verde musgo, possui escamas pelo corpo, é bípede, e seus pés possuem unhas longas e pontiagudas. Seu tórax é avantajado. A barriga? Tanquinho. Possui focinho, e seus dentes são afiadíssimos. Um monstro padrão, básico.
Ele já teve dias melhores. Era bem mais forte e saudável. Todas as manhãs eu o acordava carinhosamente e o alimentava com cuidado, colocando em seu prato de ração medos novos e medos velhos. Ele não se importava com os medos velhos. Grunhia dizendo que medo é medo, e é uma delícia, e os comia com prazer e gratidão. Assim ele crescia e ganhava massa muscular e disposição para me assombrar durante dias e noites, acabando com meus sonhos. Era este o nosso acordo:
Eu lhe dava medos e ele ficava por perto, acabando com meus sonhos.
Hoje posso dizer que ele está mais fraco, desanimado. Ainda o vejo todas as manhãs reclamando por comida. Nos últimos dias ele nem sai mais da cama. Chora copiosamente quando me vê em Paz. Dá pra ver as costelas.
Como vai o seu monstro? Ele está bem nutrido?
Alimentar ou não alimentar este monstro é uma opção que fazemos.
Imagino que você possua sonhos, objetivos e metas para sua vida. O fato é que seus padrões de pensamentos podem afastar qualquer possibilidade de vê-los realizados.
Uma das bases da Teoria do Caos é o Efeito Borboleta, criado pelo matemático Edward Lorenz, que diz que o bater das asas de uma simples borboleta pode influenciar o curso natural das coisas, e assim, talvez, provocar um tufão do outro lado do mundo.
Assim é com nossos pensamentos. O cérebro não possui censura, ele aceita como fato qualquer afirmação que façamos.
Guarde dinheiro para o caso de ficar doente, - afinal, os planos de saúde estão uma lástima – que você conseguirá usá-lo com esta finalidade.
Existe também o medo do sucesso.
Eu queira muito ser convidado para ser palestrante. Trabalhei estrategicamente para que isso acontecesse, mas quando aconteceu, fiquei aparvalhado, incomodado. A busca estava mais confortável que o sucesso.
Bernard Shaw escreveu que “Na vida há duas tragédias. Uma delas é não realizar um desejo íntimo. A outra é realizá-lo”.
Existe um provérbio japonês (dizem) que afirma: “É melhor caminhar com esperança do que chegar ao fim do caminho”.
Nós humanos vivemos para evoluir, para conquistar. Isso nos diferencia dos demais seres animados. Um tigre agirá sempre como um tigre, fará tudo como faz qualquer outro tigre.
Nossos desafios nos projetam para o crescimento. É certo que pode amedrontar, mas o sucesso ou o fracasso dependerá muito de como lidamos com isso. O pensamento é o ponto de partida.
Você já se deu conta de que para andar temos que tirar uma perna do chão, jogá-la para frente, deslocar o eixo do tronco enquanto já vamos tirando o pé de apoio do chão, na confiança de que a primeira perna possua força para suportar o nosso peso e não nos estatelarmos no chão?

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Felicidade e Sucesso: duas coisas diferentes


Em minhas navegações pela web hoje eu me deparei com um artigo em um site americano fazendo a afirmação que dá título à esta postagem.
Felicidade e sucesso: duas coisas diferentes.
Há tempos que na rua onde moro surgem prédios bonitos, agências bancárias e lojas de decoração de grife. A paisagem urbana está sempre sendo alterada.
No entanto há um prédio de uns seis andares em uma esquina que, por parecer abandonado, pensei estar apenas aguardando a incorporadora demolí-lo para logo erguer ali, um ponto nobre da região, um tremendo de um prédio, todo moderno.
Fiquei surpreso ao ser informado que lá mora um homem.
Mas como? Quem pode viver ali?
Para onde você caminha? O que deixa para trás?
E é verdade. Uma noite, curioso, lancei meu olhar para suas janelas de vidros quebrados e emolduradas por paredes pichadas, e puder ver uma luz pálida de vela que atravessava o fosco de sujeira do pedaço de vidro que teima a permanecer ali.
Pobre homem. Ele ocupou o espaço por não ter onde se abrigar do tempo. É um sem teto.
Coincidentemente minha mãe mora no prédio vizinho, e um dia, conversando num domingo preguiçoso ela me disse que ele, aquele homem, aquele morador solitário do prédio em abandono era o seu proprietário.
Imediatamente lancei uma grande gargalhada.
Não me fez nenhum sentido a informação daquela amável senhorinha octogenária: morar ali o proprietário do imóvel que está aos pedaços, abandonado, com tapumes nas portas, com suas ferragens corroídas e mato crescendo em suas entranhas, sem luz, água, mas que mesmo assim, deve valer uns cinco milhões de reais...ora vá!
Mas eu continuei curioso, quem é aquele homem? E logo minha curiosidade foi saciada ao conhecer uma colega da filha do referido proprietário. Sim, ele tem família!
E sim, ele é o proprietário. E não, não é só daquele imóvel, mas de muitos, vários.
Fico pensando: O que o motivou a morar ali, só, na sujeira e no aparente abandono?
Sim. É um homem de sucesso, bem sucedido em suas empreitadas, senhor de várias propriedades.
Não. Ele não deve ser feliz. Eu não seria.
E você? O que te fará bem sucedido? O que te trará sucesso? E o que te faz feliz?
São duas coisas diferentes.