|
Fonte da imagem: Página Resim & Fotograf. Facebook |
Existem dois meios de se colocar ar nos pulmões: no
estilo barriga para dentro, peito para fora, que é a respiração torácica, ou
então através do diafragma, que é a respiração abdominal.
Observe uma
criança pequena dormindo. Veja como sua barriguinha sobe e desce, numa calma de
fazer inveja. Essa é a respiração diafragmática ou abdominal. Agora se lembre
dessa mesma criança chorando ou assustada. Essa é a respiração torácica.
Quando você
enche o peito de ar, encolhendo a barriga, está usando apenas a musculatura do
tórax. Esse é o tipo de respiração de quem está fazendo um exercício físico
intenso. E é também o tipo de respiração de quem está sob pressão. Nesse último
caso, ocorre uma superficialização dos movimentos, entrando menos ar em cada
movimento, mas com um grande número de inspirações e expirações. O resultado é
acúmulo de ar viciado, pobre em oxigênio, além de tensão muscular. Já a
respiração diafragmática ocorre em situações de calma e, muito importante, é capaz
de diminuir a reação de alarme.
O diafragma é o músculo que separa o abdome do tórax, e pode ser controlado com
um mínimo de atenção. Experimente as seguintes recomendações, pratique por
poucos minutos ao dia, e confira os resultados! Antes de modificar seu padrão
de respiração, passe a observa-lo. Veja como você respira quando sob pressão,
usando sua lista de estressores, e aqui vale tanto um susto no trânsito quanto
uma reunião de trabalho. Na sequência, procure verificar sua respiração quando
está cansado, como antes do almoço ou no final do expediente. Nesta fase, não
modifique. Apenas observe.
Num local
calmo, em casa, passe a provocar a respiração diafragmática, da seguinte
maneira:
- Deitado, coloque uma mão na barriga, logo acima do umbigo, e a outra no peito.
- Inale muito lentamente, procurando fazer de sua barriga um balão expandindo-se. A mão da barriga deve subir e a mão do tórax deve se mexer muito pouco. Respire com muita calma, de maneira regular e suave.
- Expire muito lentamente, mais ou menos na mesma velocidade que inspirou. Deixe sair todo o ar. Se aguentar, fique um ou dois segundos antes de começar um novo ciclo.
- Se pensamentos começarem a interromper sua concentração, você poderá contar o tempo que está passando, como um mil, dois mil, três mil, etc. Sendo que cada um destes números cantando mentalmente equivale a aproximadamente um segundo. Outra maneira é desenhar também na mente um círculo que se completa a cada ciclo de respiração, imaginando metade na inspiração e metade na expiração.
Quando estiver dominando a técnica você conseguirá desencadear a respiração abdominal quando precisar. Passe a empregá-la em situações de tensão. Pode ser no meio de uma reunião (ninguém vai notar), meio minuto antes de atender aquele cliente importante, no meio do trânsito, etc.
Essa prática é facílima e sem
querer você não apenas irá melhorar dos sintomas, mas também já começa a
monitorar as situações que o deixam mais tenso.
Texto do Dr Cyro Masci,
médico, habilitado em Medicina Bio-Ortomolecular pela
Sociedade Brasileira de Medicina Biomolecular e Radicais Livres, Pós-Graduado
em Acupuntura Médica pela Associação Médica Brasileira de Acupuntura e
Qualificado como Especialista em Psiquiatria pelo Conselho Federal de Medicina.
Lecionou na Faculdade de Ciências Médicas de Santos e na Universidade
Metodista, Campus ABC. É o Diretor Clínico da Clínica Masci.
Nenhum comentário:
Postar um comentário