O que é Coaching?

Muitas pessoas confundem o Coaching com terapia, autoajuda, aconselhamento, mentoring ou treinamento. Já me perguntaram até se o Coach é um psicólogo para executivos. Estas noções estão equivocadas, mas isso é compreensível porque embora a profissão de Coach seja a que mais cresce no mundo ela ainda é relativamente nova no Brasil.

O Coaching não é uma ideologia, ele é uma metodologia holística e pragmática, um processo com início meio e fim. Ele não é restrito a executivos, profissionais liberais ou empresários; aplica-se a toda e qualquer pessoa que busca conhecer mais a si própria e conquistar uma vida mais plena, feliz e realizada.

O Coaching libera o potencial humano para maximizar seu desempenho.

O profissional Coach - regido por rigorosos princípios éticos e morais - apoia o indivíduo a definir com clareza as suas metas e desenvolver competências para alcançá-las. Ele assessora o Cliente na obtenção de resultados em larga escala na sua vida pessoal, carreira profissional ou negócio, de quaisquer áreas de atuação. Durante este processo o Cliente amplia seu nível de consciência, autoconhecimento e responsabilidade pelos resultados da própria vida.

Considere estas perguntas:

O que eu quero da vida? Quais são as minhas perspectivas? Quais são os meus sonhos?

Eu tenho tudo o que quero? Eu tenho tudo o que mereço? O que é possível para mim?

O que é importante para mim? Quais são os meus valores pessoais? Eu os conheço e vivencio?

O que eu acredito sobre mim? O que eu acredito sobre a vida?

Agora imagine uma maneira de explorar estas perguntas com a assessoria de alguém preparado e habilitado para lhe auxiliar a concretizar seus sonhos mais importantes, e transformar-se na pessoa que você sempre desejou ser.

Isso é Coaching.



Referências:

Villela da Matta & Flora Victoria – Sociedade Brasileira de Coaching

Andrea Lages & Joseph O’Connor – Comunidade Internacional de Coaching e Lambent do Brasil

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Você está no lugar onde sente que deveria estar?



Artigo de Bia Gaspar, publicado no L'Aura Portal em 27/04/2011
É artista, terapeuta e professora de Yoga. Bailarina de formação clássica, trabalhou com dança contemporânea profisionalemente, desenvolveu trabalhos em artes plásticas e escreve contos em prosa poética.
Saiba mais contato: colaboradores@lauraportal.com.br


Quem nunca se deparou com um estado de ansiedade e dúvida a respeito de seguir num caminho - trabalho, casamento, cidade - ou se lançar em uma experiência nova e arriscada, ainda que o novo represente a morada das nossas mais profundas motivações e entusiasmo? Em contrapartida, quando unimos todos os nossos recursos (internos e externos), mobilizamos nossas forças, vencemos medos, superamos preconceitos, ainda que o movimento não tenha exatamente “sucesso” no mundo, subimos um degrau em nosso processo, crescemos a um novo patamar que só nós mesmos enxergamos, e só nós mesmos podemos celebrar e desfrutar.
Em algum ponto no caminho fazemos uma (ou mais) pergunta: devemos seguir ou permanecer? Pertencemos mesmo àquele grupo? Nossos valores estão em ressonância com os valores da instituição ou da relação? A dissonância nos é insuportável ou, em sua inevitabilidade, tolerável?
O “novo” pode estar ornado de expectativas e até ilusões, que uma vez depuradas nos mostram um núcleo. No desconhecido pode morar o chão para o próximo passo, ainda que pareçamos nos lançar num abismo. Mas não são os abismos transpassados que nos libertam de nossas mais profundas amarras? Há sempre um elemento mágico e irracional nas escolhas mais corajosas que fazemos, uma aposta ousada no desconhecido, talvez melhor definida como .
A incapacidade de decidirmos por uma direção, o movimento e o desejo represados podem sinalizar que resistimos a abrir mão de algo, que lutamos com a idéia torturante de perder alguma peça, alguma conquista anterior, algo que previamente tenhamos tomado como garantido. O jogador que pensa possível congelar um ganho não acaba por se descaracterizar como jogador? Indivíduos que somos, imersos neste complexo universo de infinitas possibilidades, não seríamos nós semelhantes à pequenos jogadores? Presos à ilusão de garantias, não excluiríamos a nós mesmos da rica e dinâmica dança de uma existência?  
Nossos desejos são ilimitados mas, e nossa capacidade de desfrutar destes mesmos objetos que buscamos com obstinado apaixonamento? O lugar onde sorvemos os sabores das nossas experiências é a mente, este verdadeiro diamante que recebemos ao nascer e que temos o livre arbítrio de deixarmos inexplorado - a mercê de vícios e padrões destrutivos - ou lapidarmos com disciplina e empenho constantes.
Mergulhados em nossos cotidianos muitas vezes nos encontramos diluídos em nossas atividades, mecanicamente operantes, sem podermos dialogar com nossas sensações, com os sinais de alerta que nosso corpo envia, com aquele “serzinho” que grita lá dentro apontando para o óbvio que tantas vezes nos escapa. Este não é o “privilégio” de uns poucos: todos devemos, em diferentes graus, responder a demandas externas. Alguns, no entanto, parecem ter as rédeas e dosar com equilíbrio o que outros só podem imaginar como um constante atropelo de atividades e pensamentos disparados e incontinentes. O movimento ininterrupto em direção ao resultado, à recompensa, à aquisição de posses que traduzem um sentimento de segurança pode denotar um estado de ininterrupta incompletude. Assim, nos movemos sempre “com sede”, identificados com o que nos falta.
Sobre esta sensação intrínseca de limitação e incompletude nos fala (ao coração) o chamado Advaita Vedanta, o fértil e milenar corpo de conhecimento que embasa e sustenta as práticas e o modus vivendi do Yoga. Ser um jogador inteiro, ancorado, consciente e amoroso requer, indubitavelmente, uma coragem que talvez só a fé seja capaz de sustentar.

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